5 dicas para estimular a autoconfiança em meninas

Você sabe por que a autoconfiança é uma das qualidades mais admiradas no mercado de trabalho e nas relações sociais? Pessoas autoconfiantes se comunicam e se relacionam melhor, se estressam menos, costumam ser mais determinadas e lidam melhor com problemas. Apenas estes motivos já seriam suficientes para nos fazer querer estimular a autoconfiança em qualquer pessoa, mas existe um motivo especial para que seja imprescindível estimulá-la em jovens meninas.

dicas para estimular a autoestima em meninas
Fonte: Monstera/Pexels

A sociedade, de maneira geral, tem grande influência na construção da autoestima e autoconfiança de meninas e jovens mulheres, entretanto, essa não costuma ser uma influência positiva. As indústrias do entretenimento e do varejo, por exemplo, são as principais responsáveis por criar padrões de beleza e comportamento que são realisticamente inalcançáveis. Enquanto as redes sociais costumam não apenas reforçar esses padrões, como também criam outros tantos que intensificam essa ideia distorcida da realidade.

Infelizmente, não existe maneira de blindar completamente estas influências externas enquanto tentamos educar nossas meninas, por isso a melhor maneira de enfraquecer o poder desses estímulos é trabalhando a autoconfiança delas em casa! Na sequência, listamos 5 dicas de como estimular a autoconfiança em meninas e jovens mulheres.

Permita que a opinião dela seja ouvida

É importante que jovens meninas possam opinar em momentos de tomada de decisão. Quando elas são ouvidas e têm suas opiniões e pensamentos apreciados, elas se sentem importantes e valorizadas. Além disso, é somente quando alguém as ouve com atenção que elas podem sentir que suas ideias e sentimentos têm significância, e isso é um grande incentivo para que elas se sintam confiantes em suas próprias habilidades e perspectivas. Sempre que possível, incentive jovens meninas a se expressarem e, quando viável, decidirem sozinhas o que desejam fazer.

Demonstre apreço para além da aparência e conquistas

Meninas que se sentem amadas e apreciadas têm maior autoestima, autoconfiança e capacidade de desenvolver relacionamentos saudáveis. É por isso que é importante que deixemos de avaliar e tomar nota sobre suas aparências e desempenho físico ou mental. Comentários que frequentemente ressaltam imperfeições, ou que focam apenas em conquistas momentâneas, podem resultar em problemas de baixa autoestima, ansiedade e até depressão. Não escolha elogiar uma jovem menina apenas pela sua aparência ou prêmios recebidos, opte por celebrar suas habilidades, sua personalidade e seus esforços. Que tal ao invés de falar “Você é tão bonita!”, dizer “Você é tão criativa! Adorei a sua arte!”? Ao invés de dizer “Você é tão boa em matemática!”, diga “Você trabalhou muito duro para resolver esses problemas de matemática e isso é muito impressionante!”.

Mantenha um diálogo aberto

Aproveite situações do seu cotidiano compartilhado com ela para construir momentos de diálogo. Quando estiverem à caminho da escola, durante as refeições ou quando compartilharem um tempo a sós, pergunte sobre o dia dela, sobre a escola, sobre suas amizades e seus interesses. Isso abrirá caminho para que ela procure você quando tiver alguma questão relacionada aos assuntos que vocês costumam conversar. Isso permite que ela te enxergue como uma fonte confiável e segura para desabafar e esclarecer dúvidas e ainda ajuda a construir um relacionamento saudável entre vocês.

A ajude a filtrar o que realmente tem relevância na mídia

A mídia é uma das grandes responsáveis por abalar a autoconfiança e autoestima de meninas e jovens. Mas sabemos que é impossível educar uma criança a blindando totalmente dos estímulos midiáticos, por isso, sugerimos que, além de filtrar o que ela consome ou não, a oriente a identificar sozinha quando um conteúdo é relevante ou não para ela. Isso não apenas permite que ela seja capaz de desviar sozinha de estímulos nocivos quando estiver longe de supervisão, como também a faz sentir mais responsável pelas próprias escolhas – e as consequências delas.

Ouça mais e fale menos

À exemplo de alguns tópicos anteriores, nossa última dica para estimular a autoconfiança em meninas e jovens também é relacionada à comunicação! Quando estiver conversando com uma menina, faça o exercício de ouvir mais e falar menos. Isso porque, ao iniciar um diálogo onde você fala mais do que escuta, você tira da criança o poder de reflexão. Enquanto ela fala, ela precisa pensar no que está dizendo e tende a refletir melhor sobre os acontecimentos, o que é muito vantajoso quando você deseja que ela perceba sozinha sobre as consequências de suas próprias ações. Quando você tira da menina este poder de troca e a coloca apenas como ouvinte, ela tende a deixar de prestar atenção ou refletir sobre o ocorrido.

Temos algumas sugestões de leitura para você que deseja estimular a autoconfiança em meninas:

A Princesa que Salvava Príncipes
Este é um conto de fadas moderno sobre uma princesa que não fica presa na torre nem tem medo de dragão. Ela enfrenta o assustador quarto da bruxa para salvar seu príncipe encantado. É uma história interessante do ponto de vista da coragem feminina em enfrentar as dificuldades do dia a dia sem perder a feminilidade e nem desistir de seus objetivos.

Escola de Princesas Recatadas
Para ser uma princesa é preciso ter longas tranças, usar sapatinho de cristal ou ficar à espera de um príncipe encantado, mas Sofia não queria nada disso. Ela queria mesmo era escrever a sua própria história. O livro Escola de Princesas Encantadas busca, de uma forma bem-humorada, quebrar estereótipos e nos contar a história de uma princesa questionadora e corajosa, que coloca as convenções à prova enquanto vive a sua aventura.

Cecília e o Dragão
Cecília quer desesperadamente ver um dragão, porém encontrar uma criatura assim não é uma tarefa fácil. Com muita coragem, inteligência e perseverança, ela parte para essa aventura, que lhe reserva uma grande surpresa no final. Cecília e o dragão é um livro contestador que, por meio de uma divertida história, nos faz repensar certos estereótipos. Fala também sobre amizade, força de vontade e nos mostra como a inteligência pode ser uma arma poderosa contra a força bruta.

Se você gostou desta leitura pode também se interessar por:

Semana da Mulher: vozes femininas na literatura
Autoestima na infância: como incentivá-la?

Add Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *