Semana da Mulher: vozes femininas na literatura

Ler obras escritas por mulheres não era um hábito incentivado no currículo escolar até algumas décadas atrás. Chegou a hora de trazer à tona e celebrar gerações de mulheres escritoras que podem e devem fazer parte do nosso repertório cultural desde a infância.

Literatura feminina: ler obras escritas por mulheres
Imagem: criado por Freepik

Em 115 anos de existência do prêmio Nobel de Literatura, apenas 13 mulheres foram vencedoras até hoje. Esse é um fato inquestionável que mostra como a relevância da mulher no mundo literário cresceu a passos bem lentos.

Na ficção, pelo menos até o século XIX, a maioria das escritoras usavam pseudônimos masculinos, isso porque a literatura era um território em que só homens tinham a chance de pisar e ser bem-sucedidos. E isso infelizmente não acontecia porque os conteúdos produzidos pelas mulheres eram de qualidade inferior.

No entanto, cada vez mais as vozes femininas vêm ganhando espaço e um verdadeiro movimento de incentivo à leitura de escritoras mulheres vem acontecendo. Conforme esse movimento ganha força, os anos de desvantagens vão ficando para trás e o mundo das letras, repleto de ideias, imaginação e representações, poesias, doçura e também realidades cruas despontam e crescem cada vez mais.

Literatura feminina nas escolas

Educação Infantil

Ângela Lago: escritora e ilustradora brasileira, que dedicou a maior parte de suas obras ao público infantil.

Lygia Bojunga: de grande importância para a literatura infantil e juvenil no brasil, Lygia Bojunga é uma escritora brasileira de livros para crianças e jovens que conquistou muitos leitores desde a década de 1970.

Anos iniciais do Ensino Fundamental

Carolina Maria de Jesus: uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais importantes escritoras do país.

Cecília Meireles: jornalista, pintora, poeta, escritora e professora brasileira que faz parte da história contemporânea do Brasil. Sua obra mais famosa, “Ou isto ou aquilo”, publicada pela primeira vez em 1964, é um clássico da literatura infantil brasileira.

Anos finais do Ensino Fundamental

Conceição Evaristo: linguista e escritora brasileira, Conceição Evaristo foi também pesquisadora-docente universitária e é uma das mais influentes literatas do movimento pós-modernista no Brasil, escrevendo nos gêneros da poesia, romance, conto e ensaio.Jarid Arraes: escritora, cordelista e poeta brasileira, autora dos livros “As Lendas de Dandara” e “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis”.

Lygia Fagundes Telles para o Ensino Médio

A escritora Lygia Fagundes Telles, além de ser a primeira mulher brasileira indicada ao Nobel de Literatura, é uma das maiores representantes do movimento pós-modernista no Brasil. Seu estilo literário é caracterizado por explorar a psicologia feminina e por representar a vida nos centros urbanos.

Entre os muitos prêmios recebidos pela escritora, destacam-se:

  • Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras, em 1949;
  • Prêmio do Instituto Nacional do Livro, em 1958;
  • Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por “Verão no Aquário”, em 1965;
  • Prêmio Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras, em 1973;
  • Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do livro, com a obra “As Meninas”, em 1974, e com a obra “Invenção e Memória”, em 2001;
  • Prêmio Camões recebido no dia 13 de outubro de 2005, em Porto, Portugal;
  • Indicação ao Prêmio Nobel de Literatura, em 2016.

Há ainda, dentro do universo das escolas, autoras revolucionárias em suas épocas que se transformaram em nomes clássicos da literatura infantil brasileira. Impossível não lembrar de Ana Maria Machado, Ruth Rocha e Tatiana Belinky, por exemplo, entre tantos outros nomes queridos.

Também não poderíamos deixar de falar aqui da Mônica, personagem principal da turminha mais amada do Brasil, criada por Mauricio de Sousa. Astuto e observador, Mauricio logo percebeu que havia espaço para uma personagem feminina, forte e cheia de personalidade que, com seu jeitinho todo especial, é e sempre será a Dona da Rua! Mônica tornou-se um dos personagens mais amados sempre presente nas leituras das crianças, seja em histórias em quadrinhos ou em livros.

Práticas para a formação de bons leitores

Uma proposta pedagógica para a formação dos jovens leitores é com o uso de textos corridos, com a intenção de aguçar a curiosidade para novos significados enquanto leem. Dessa forma, é muito importante que o professor saiba organizar as tarefas, para que haja o melhor aproveitamento, interação entre os alunos e circulação de informação.

Leia mais em: http://blog.girassolbrasil.com.br/leitura-na-educacao-infantil/

Mulheres na Academia Brasileira de Letras

Até 1976, a lei para eleger personalidades às cadeiras da Academia Brasileira de Letras, restringia-se a “brasileiros do sexo masculino”. Em 1977, a escritora Rachel de Queiroz foi eleita com 23 votos, quebrando uma tradição de 80 anos de proibição ao ingresso de mulheres. Conheça todas as mulheres que passaram pela ABL:

Dinah Silveira de Queiroz: a sétima ocupante da cadeira sete da Academia, em 10 de julho de 1980.

Lygia Fagundes Telles: ocupa atualmente a cadeira 16 e entrou na Academia Brasileira de Letras em 24 de outubro de 1985, após a morte de Pedro Calmon.

Nélida Piñon: ocupa a cadeira 30 desde 27 de julho de 1989. Em 1996, Nélida foi eleita a primeira mulher a presidir a casa.

Ana Maria Machado: ocupa a cadeira número um, no lugar de Machado de Assis. Ana Maria foi eleita em 24 de abril de 2003.

Cleonice Berardinelli: a professora de literatura portuguesa da PUC-Rio e da UFRJ se elegeu para a cadeira oito no dia 16 de dezembro de 2009, recebendo 30 votos.

Rosiska Darcy de Oliveira: a última adição feminina, eleita para a cadeira 10 em 23 de dezembro de 2012.

Mulheres na Academia Brasileira de Letras

Até 1976, a lei para eleger personalidades às cadeiras da Academia Brasileira de Letras, restringia-se a “brasileiros do sexo masculino”. Em 1977, a escritora Rachel de Queiroz foi eleita com 23 votos, quebrando uma tradição de 80 anos de proibição ao ingresso de mulheres. Conheça todas as mulheres que passaram pela ABL:

Dinah Silveira de Queiroz: a sétima ocupante da cadeira sete da Academia, em 10 de julho de 1980.

Lygia Fagundes Telles: ocupa atualmente a cadeira 16 e entrou na Academia Brasileira de Letras em 24 de outubro de 1985, após a morte de Pedro Calmon.

Nélida Piñon: ocupa a cadeira 30 desde 27 de julho de 1989. Em 1996, Nélida foi eleita a primeira mulher a presidir a casa.

Ana Maria Machado: ocupa a cadeira número um, no lugar de Machado de Assis. Ana Maria foi eleita em 24 de abril de 2003.

Cleonice Berardinelli: a professora de literatura portuguesa da PUC-Rio e da UFRJ se elegeu para a cadeira oito no dia 16 de dezembro de 2009, recebendo 30 votos.

Rosiska Darcy de Oliveira: a última adição feminina, eleita para a cadeira 10 em 23 de dezembro de 2012.

Vozes femininas na Girassol

Para as crianças, tudo é exemplo e inspiração. Por isso, é muito importante apresentar, desde cedo, as vozes que dão vida à literatura feminina infantil. Como forma de homenagem e representando todas as mulheres escritoras, assista a essa mensagem especial de nossas autoras queridas.

Link para o vídeo: https://www.instagram.com/p/Ca2rAhFFFSB/

Conheça um pouco mais sobre Fernanda de Oliveira, Marina Gonzalez, Martha Bevilacqua, Paula Furtado e Regina Drummond!

Fernanda de Oliveira (Fê Liz): ama livros, música e crianças desde que era uma. Escreveu seu primeiro livro quando tinha 8 anos de idade e virou escritora de livros infantojuvenis. É autora de vários livros, inclusive “Lila e Matilha Em A Horta Guloseima”.

Conheça o livro: https://www.lojagirassolbrasil.com.br/lila-e-matilha-em-a-horta-guloseima

Marina Gonzalez: editora, redatora e também tem uma longa experiência nas áreas de comunicação e marketing. Publicou o querido “Tibúrcio”, seu primeiro livro infantil, em 2020.

Conheça o livro: https://www.lojagirassolbrasil.com.br/tiburcio

Martha Bevilacqua: bacharel em Publicidade e Propaganda pela PUC/Rio e mestre em Telecomunicações Interativas pela New York University. Dentre muitos projetos incríveis, Martha também escreveu o divertido e educativo livro “Jacaré Janta Jaca!”

Conheça o livro: https://www.lojagirassolbrasil.com.br/jacare-janta-jaca-2-edicao

Paula Furtado: psicopedagoga, arteterapeuta e autora de diversos livros infantojuvenis publicados pela Girassol. Dentre eles estão: “Histórias para Aquecer o Coração” e a coleção “Bem-me-quer”, da Turma da Mônica.

Conheça mais: https://www.lojagirassolbrasil.com.br/historias-para-aquecer-o-coracao

Regina Drummond: autora de muitos livros, contadora de histórias e tradutora, Regina Drummond vem desenvolvendo, há anos, projetos de estímulo à leitura. Uma de suas obras na Girassol é “Para Ninar os Pequeninos com Carinho”.

Conheça o livro: https://www.lojagirassolbrasil.com.br/para-ninar-os-pequeninos-com-carinho

“Pela maior parte da história, ‘anônimo’ foi uma mulher.”

Virginia Woolf

Fonte:

WOOLF, Virginia, A Room Of One’s Own, New York, Harvest, 1989.

https://conexaoplaneta.com.br/blog/lygia-fagundes-telles-e-a-primeira-escritora-brasileira-indicada-ao-nobel-de-literatura/#fechar

https://g1.globo.com/educacao/noticia/2021/10/10/novo-ensino-medio-entenda-o-que-deve-mudar-a-partir-de-2022.ghtml

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